Vivências acadêmicas no centro de medicina indígena; experiência acadêmica no contexto comunitário e contribuições para a formação do cirurgião-dentista
DOI:
https://doi.org/10.70614/66jjg814Palavras-chave:
Odontologia, Saúde indígena, Formação acadêmica, Interculturalidade, Saberes tradicionaisResumo
Introdução: O princípio da universalidade do SUS assegura o direito à saúde a todos no território brasileiro, sem distinções de qualquer natureza. Assim, a formação do cirurgião-dentista deve ultrapassar o aprendizado técnico, abrangendo a compreensão integral do ser humano — corpo, mente, cultura e história. A vivência no Centro de Medicina Indígena evidenciou uma concepção ampliada de saúde, vinculada à harmonia entre indivíduo, natureza e comunidade, ressaltando a importância de valorizar os saberes tradicionais no cuidado em saúde. Metodologia: O estudo apresenta um relato de experiência descritiva, desenvolvido na disciplina de Saúde Bucal Coletiva, aproximando a universidade da comunidade indígena. As atividades envolveram observação de práticas tradicionais, participação em rodas de conversa e registro das percepções em diário acadêmico, sempre com respeito aos valores locais. Resultados e Discussão: Os resultados mostraram que o contato com a medicina indígena amplia a visão dos estudantes sobre o conceito de cura, ao integrar dimensões biológicas, espirituais e sociais. O diálogo com os profissionais indígenas revelou práticas pautadas na ancestralidade e na relação com a natureza, distintas do modelo biomédico ocidental. Essa troca reforçou a importância de respeitar os saberes populares e de formar profissionais aptos a atuar em contextos interculturais. A experiência evidenciou que a odontologia, no âmbito do SUS, deve adotar práticas humanizadas e inclusivas, conciliando conhecimento científico e saber tradicional. Conclusão: Conclui-se que a vivência no Centro de Medicina Indígena constitui um aprendizado técnico, cultural e humano essencial na formação do cirurgião-dentista. Favorece o reconhecimento e o respeito às diversidades culturais, contribuindo para a formação de profissionais éticos, sensíveis e comprometidos com o bem-estar coletivo.
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