Non-surgical treatment of maxillary atresia after the growth peak with mini-implant assisted rapid palatal expansion (MARPE): a clinical case report
DOI:
https://doi.org/10.70614/yd70b530Keywords:
Procedimentos ortodônticos de ancoragem, Biomecânica, Movimentação ortodônticaAbstract
Introdução: A atresia maxilar é uma alteração esquelética caracterizada pela deficiência transversal da maxila em relação à mandíbula, podendo resultar em palato ogival, mordida cruzada posterior, apinhamento dentário e distúrbios respiratórios. Em pacientes jovens, a expansão rápida da maxila convencional com Hyrax e Haas, é eficaz. Entretanto, em adolescentes após o pico de crescimento ou em adultos jovens, a calcificação e interdigitação das suturas craniofaciais aumentam a resistência à expansão, limitando os efeitos esqueléticos, podendo gerar inclinação dentoalveolar, reabsorção radicular e efeitos periodontais indesejáveis. Para contornar essas limitações, desenvolveu-se a Expansão Rápida da Maxila Assistida por Miniparafuso (MARPE), utilizando mini-implantes posicionados no palato. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paciente, após o pico de crescimento, com apinhamento severo decorrente de atresia maxilar tratado com MARPE e ortodontia corretiva. Metodologia: Paciente masculino, 13 anos, foi realizado planejamento tridimensional utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e escaneamento intraoral, classificando a sutura palatina mediana em estágio C, segundo Angelieri. Dois mini-implantes ortodônticos de 1,8mm diâmetro x 7mm rosca x 8mm transmucoso, foram utilizados para ancorar ao expansor MARPE 2S (PECLAB). O protocolo de ativação consistiu em 4/4 de volta no primeiro dia, seguido de 1/4 de volta por dia durante 16 dias e travamento do aparelho para contenção por seis meses. Após a fase interceptativa, iniciou-se a instalação de aparelho fixo autoligado interativo SLI (Morelli) para alinhamento, nivelamento, correção de giroversões utilizando-se fios termoativados de calibres .012”, .014”, .016”, .018”, .016”x.022” e .017”x.025” e fios de aço .016”x.022”, .017”x.025” e .019”x.025”. Resultados e Discussão: Após catorze meses, observou-se relação de molar e canino em Classe I de Angle, coincidência de linhas médias e abertura do corredor bucal. A expansão maxilar foi obtida com abertura paralela da sutura, mínima inclinação dentária e preservação periodontal, demonstrando eficácia esquelética significativa sem necessidade de abordagem cirúrgica. Conclusão: O MARPE mostrou-se uma alternativa eficaz e minimamente invasiva para expansão maxilar em adolescentes após o pico de crescimento, promovendo resultados funcionais e estéticos satisfatórios, com menor risco de efeitos colaterais comparados à expansão convencional. O diagnóstico, planejamento e acompanhamento individualizado foram essenciais para a estabilidade do tratamento.
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