O FLUXO COMPLETO DA ODONTOLOGIA DIGITAL NA REABILITAÇÃO POSTERIOR DE MAXILA COM IMPLANTE DENTÁRIO

Resumo

Introdução: Atualmente, a colocação de implantes dentários osseointegrados é um procedimento comum na prática clínica odontológica. A reabilitação com implantes dentários passa pelas necessidades restauradoras dos pacientes e funcionais de cada caso; ao mesmo tempo, esta terapia pode ser limitada por restrições anatômicas. Portanto, a instalação correta do implante aceitável, passa pela entrega da melhor aparência estética e funcional da restauração; além disso, o posicionamento do implante deve respeitar os vários elementos anatômicos críticos, muitas vezes presentes nas proximidades do local (Devadason et al., 2022). Consequentemente, durante o diagnóstico e o planejamento do tratamento, o cirurgião dentista deve prestar muita atenção às restrições restaurativas e anatômicas quando selecionar um sítio ósseo alveolar de qualidade adequada, garantindo assim uma abordagem adequada e segura para instalação do implante (Matsubara et al., 2021). Várias técnicas de diagnóstico 3D estão disponíveis, como tomografia computadorizada e tomografia computadorizada de feixe cônico. Os dados relacionados ao volume ósseo, qualidade óssea ou características anatômicas restritivas podem ser processados e avaliados no software de simulação (Ferrini et al., 2018. Essas informações permitem ao operador uma visão ativa das estruturas anatômicas em região de maxila, por exemplo, aumentando assim a probabilidade de um prognostico favorável em ambos os aspectos (Estéticos e Funcional) para o paciente. Além de favorecer a confecção de guia que será utilizada no momento cirúrgico favorecendo assim a diminuição de acidentes e complicações cirúrgicas. Vários estudos atuais buscam atestar a precisão cirúrgica em relação ao tipo de suporte, métodos de fabricação e design incluindo parafusos de fixação e mangas (Franchina et al., 2020). Metodologia: Neste relato de caso foi realizada a instalação de implante dentário em região posterior de maxila, mais precisamente em região de elemento 26 com o auxílio do fluxo digital. O fluxo digital esteve presente tanto no planejamento cirúrgico, confecção de guia cirúrgica e finalizando com o planejamento da coroa protética e usinagem. Resultados e Discussão: Uma cirurgia guiada pode facilitar a colocação de implantes em maxilas, especialmente quando a altura óssea residual é 10,5mm e espessura óssea vestíbulo palatina de 11,4mm, como foi demonstrado neste caso clínico.  Este caso demonstrou que, durante e após o procedimento cirúrgico o mesmo não apresentou sinais de doença, destacando a eficácia da abordagem digital e da cirurgia guiada na reabilitação da maxila. Além da diminuição do tempo e precisão cirúrgica, houve a constatação da diminuição das comorbidades pôs cirúrgicas apresentadas em técnicas convencionais. Outros estudos se fazem necessários para identificação de possíveis vieses do caso estudado. Conclusão: Os implantes podem ser integrados com sucesso na maxila posterior usando uma abordagem de cirurgia guiada com carga imediata. O uso de cirurgia guiada ajudou a reduzir a duração da cirurgia, a intensidade da dor, o consumo de analgésicos relacionados e uma instalação de uma prótese definitiva mais previsível.